Qual o valor do salário-maternidade e como calcular?
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O INSS registrou aumento superior a 2.300% nas concessões de auxílio-doença por ludopatia nos últimos dois anos.
Entre junho de 2023 e abril de 2025, foram 276 benefícios, número muito acima da média anual de 11 casos registrada entre 2015 e 2022.
A partir do segundo semestre de 2024, o afastamento por vício em apostas passou a ocorrer com frequência mensal relevante.
A maioria dos beneficiários é composta por homens (73%), principalmente entre 18 e 39 anos.
Essa faixa etária corresponde ao período de maior produtividade laboral, ampliando o impacto previdenciário.
Pelo menos 7% dos segurados afastados têm filhos, evidenciando efeitos sociais adicionais do transtorno.
A ludopatia é um transtorno mental caracterizado pela perda de controle sobre o ato de apostar.
Mesmo diante de prejuízos financeiros e pessoais, o indivíduo mantém o comportamento compulsivo.
O avanço das plataformas de apostas, as famosas “bets”, tem ampliado a exposição e o risco entre jovens e trabalhadores de baixa renda.
Além da área previdenciária, a ludopatia tem alcançado também a esfera trabalhista.
Um ex-gerente bancário afastado pelo INSS conseguiu renovar o benefício judicialmente após o fim do período inicial.
Ele agora busca reverter em juízo sua demissão por justa causa.
Outro caso envolve servidor que desviou R$ 1,5 milhão para apostas, foi demitido, obteve auxílio-doença e move ação contra o Estado.
Esses episódios reforçam a complexidade trabalhista do vício em jogos.
Os atendimentos por ludopatia no SUS saltaram de 65 em 2019 para 1.292 em 2024.
Especialistas apontam o formato viciante das “bets”, o marketing agressivo e a facilidade dos aplicativos como fatores de risco.
Apesar disso, medidas governamentais ainda são tímidas: a tributação das casas de apostas subiu de 12% para 18%, mas sem destinação prevista para prevenção ou tratamento.
Um grupo interministerial criado em 2024 só se reuniu pela primeira vez em 2025 e não inclui representantes da Previdência.
Também não há campanhas nacionais, mesmo com previsão de R$ 60 milhões para ações de combate ao vício.
A explosão de auxílios-doença por ludopatia evidencia fragilidades do sistema previdenciário.
A falta de diretrizes específicas para perícia e a ausência de programas de reabilitação profissional impedem respostas consistentes.
A tendência de crescimento do vício em apostas exige integração entre saúde, assistência social, trabalho e previdência.
Sem políticas públicas adequadas, o impacto econômico e social tende a se aprofundar, pressionando ainda mais o INSS e o poder público.
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