Gestão financeira na advocacia: por que e como fazer?
A imprevisibilidade financeira é uma das maiores queixas dos advogados. Tem meses em que tudo dá certo e você recebe uma bolada. 🤑 Mas tem meses em que ...
O Censo Jurídico é o maior estudo sobre os advogados e o setor do Direito no Brasil.
Produzido pela Projuris desde 2011, neste ano o censo contou com a parceria do Cálculo Jurídico, entrevistando mais de 900 advogados por todo o país.
Entre as análises, tiramos 8 insights que indicam tendências e realidades do mercado advocatício.
Vamos dar uma olhada em cada um deles?
No mundo jurídico, a remuneração é frequentemente vista como um indicador de sucesso e reconhecimento profissional.
E, para os advogados e advogadas brasileiras, as notícias têm sido encorajadoras.
Nos últimos dois anos, houve um aumento significativo na renda dessa classe profissional, refletindo uma maior valorização ou demanda por seus serviços.
De acordo com os dados do Censo Jurídico, em 2023, 6,7% dos advogados ganham mais do que R$ 30 mil por mês.
Esta é uma cifra impressionante, considerando que, em 2021, apenas 4,4% se encontravam nessa faixa de renda.
O crescimento de mais de 2% em apenas dois anos nesse segmento de alta renda é um testemunho do potencial de crescimento na carreira jurídica.
Além disso, ao observarmos a faixa salarial entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, vemos que 17,9% dos advogados em 2023 se enquadram nesse intervalo.
Novamente, comparando com os dados de 2021, quando 14% dos profissionais estavam nessa categoria, notamos um aumento de quase 4%.
Agora, é importante destacar que, em dois anos, a economia passa por variações, incluindo inflação e outros fatores que podem desvalorizar a moeda.
Mesmo levando em consideração essa desvalorização no período, a diferença no crescimento da renda dos advogados permanece sensível e relevante.
Isso sugere que não estamos apenas observando um ajuste inflacionário, mas sim um verdadeiro crescimento na remuneração.
A carreira jurídica, que já foi vista como saturada em alguns momentos, mostra sinais claros de prosperidade e oportunidades crescentes.
A relação entre a renda mensal dos advogados e a quantidade de horas trabalhadas por dia é uma demonstração clara do comprometimento e dedicação exigidos na profissão.
Aqueles que estão na faixa de renda mais baixa, ganhando até R$ 8 mil por mês, tendem a trabalhar entre 6 e 8 horas diárias, com 69% dos que ganham até R$ 4 mil e 65% dos que ganham entre R$ 4 mil e R$ 8 mil se encaixando nesse perfil.
Por outro lado, à medida que a renda aumenta, a carga horária também se intensifica: mais da metade dos profissionais que ganham entre R$ 8 mil e R$ 30 mil dedicam 10 ou mais horas ao trabalho diariamente.
Esse padrão é ainda mais evidente para os que ganham acima de R$ 30 mil, com 63% deles trabalhando extensas jornadas diárias de 10 horas ou mais.
Em uma análise comparativa entre os salários de paulistas e cariocas, percebe-se que os residentes de São Paulo tendem a ter uma renda média superior aos do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, 6,4% tem uma renda superior a R$ 30 mil, comparado a 4,3% no Rio de Janeiro.
Além disso, 17,5% dos paulistas recebem entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, enquanto essa faixa abrange 15,7% dos cariocas.
A distribuição nas demais faixas salariais é similar entre os estados, com 11,4% ganhando de R$ 8 mil a R$ 10 mil em ambos.
No entanto, em São Paulo, 26,3% ganha entre R$ 4 mil e R$ 8 mil, enquanto no Rio esse percentual é de 30%.
Curiosamente, a faixa de renda mais baixa, até R$ 4 mil, é quase idêntica nos dois estados, com 38,3% em São Paulo e 38,6% no Rio de Janeiro.
O que esses números nos mostram é que, embora exista uma variação nas faixas de renda entre advogados paulistas e cariocas, a distribuição salarial entre os dois estados é razoavelmente próxima, especialmente nas faixas de renda mais baixas.
Contudo, São Paulo leva uma leve vantagem nas faixas salariais mais altas, possivelmente refletindo as oportunidades econômicas e o mercado de trabalho mais robusto presente no estado.
Nos últimos dois anos, observou-se uma retração na presença feminina tanto em escritórios de advocacia quanto em departamentos jurídicos de empresas.
Em 2021, as mulheres compunham 40,8% dos profissionais em escritórios, número que caiu para 37% em 2023.
Similarmente, em departamentos jurídicos de empresas, a representatividade feminina passou de 51,7% em 2021 para 49% em 2023.
Apesar das porcentagens ainda serem significativas, essa diminuição sutil na representação das mulheres no ambiente jurídico levanta questões sobre as possíveis causas e implicações desse declínio no contexto mais amplo de equidade de gênero na profissão.
A crescente importância dos portais jurídicos como fonte primária de informação é evidente na recente pesquisa, que revelou um salto impressionante na sua utilização.
Em 2021, 69% dos respondentes recorriam a esses portais para se atualizarem; contudo, em dados mais recentes, esse número subiu para 86%.
Esse aumento substancial reflete a evolução e consolidação do meio digital no universo jurídico, evidenciando a confiança e a dependência crescente dos profissionais na informação online especializada.
Na sequência aparecem as redes sociais (60%) e o Youtube (41%).
Em menor escala, redes de televisão e canais de notícias (25%). Uma minoria opta pelos podcasts (10%).
A percepção sobre a importância do marketing jurídico sofreu uma transformação marcante nos últimos três anos.
Em 2020, somente 11% dos advogados viam o marketing jurídico como um tema de relevância para o setor.
No entanto, em 2023, essa porcentagem disparou para 52%, evidenciando uma crescente conscientização sobre a necessidade de estratégias de marketing bem definidas e adaptadas para o universo jurídico, refletindo as mudanças e demandas do mercado atual.
Apenas 31% das empresas destinam um orçamento específico para o treinamento de sua equipe jurídica.
Além disso, é preocupante que, desse grupo, 58% investem um valor abaixo de R$ 10 mil, evidenciando uma possível subvalorização da formação contínua dos profissionais do direito no ambiente corporativo, o que pode resultar em riscos legais e perda de oportunidades estratégicas.
Nos últimos dois anos, houve um aumento notável no uso de softwares jurídicos pelos escritórios de advocacia, saltando de 46% em 2021 para 58% em 2023.
Paralelamente, observou-se uma redução no percentual de tempo que os advogados dedicam a atividades rotineiras, como redigir peças, peticionar e captar novos clientes.
É plausível inferir que a adoção crescente de tecnologias no setor jurídico tenha contribuído significativamente para essa otimização de tempo, permitindo que os profissionais se concentrem em tarefas mais estratégicas e de maior valor agregado.
Softwares jurídicos, como o Cálculo Jurídico, oferecem uma solução abrangente que inclui não apenas cálculos, mas também treinamentos especializados.
Isso permite que os profissionais do Direito se concentrem em tarefas mais estratégicas e de maior valor agregado, enquanto investem na sua formação contínua, tornando-se ainda mais preparados para enfrentar desafios complexos com confiança.
Deixe um comentário aqui embaixo, vou adorar saber o que você achou!