Capa do Artigo Amortização: o que é, como funciona, tipos e qual melhor opção do Cálculo Jurídico para Advogados

Amortização: o que é, como funciona, tipos e qual melhor opção

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Obs: Se desejar, clique no botão do tocador abaixo para ouvir um resumo dos principais pontos abordados neste artigo:

Dominar o que é a amortização e quais são os seus sistemas de cálculo é essencial para a advocacia na área bancária, cível ou do consumidor.

Isso, além de também ser um diferencial para quem atua em outros campos do Direito e quer expandir a atuação para mais clientes, em busca de mais oportunidades.

Afinal, é nos contratos de financiamento, crédito consignado ou empréstimo com amortização que estão muitas das cláusulas abusivas, que tanto prejudicam os consumidores.

Então, em revisões contratuais, perícias contábeis e na defesa dos seus clientes, saber em detalhes a diferença entre os tipos de amortização é fundamental.

Dessa forma, você consegue identificar quando há juros indevidos ou parcelas mascaradas que podem ser revistas.

Só que muitos não aproveitam esse nicho e deixam passar ótimos contratos, inclusive por não ter as ferramentas necessárias para os cálculos.

Calcular na mão não é uma boa ideia, pela complexidade das fórmulas e pelas longas tabelas de resultados.

Esse é um problema que você não tem, em especial com as calculadoras grátis do CJ e esse guia completo sobre a amortização, que vai conferir agora. 🤩

Olha só tudo o que você vai ver aqui:

  • O que é amortização e como ela funciona?
  • Quais são os 3 tipos de amortização e qual é mais vantajosa?
  • Quais são as vantagens e desvantagens de acelerar os pagamentos de amortização?
  • Quando fazer uma amortização?
  • Como resolver o recálculo?
  • E muito mais!

Com todas essas informações valiosas, só vai faltar um software que ajuda você a fazer todos os cálculos bancários, inclusive os de amortização dos contratos, como o do CJ:


Gostei, quero começar o teste agora!

Agora, vem comigo!

O que é amortização?

A amortização é o pagamento gradual de uma dívida ao longo do tempo. 🤓

Ou seja, ela quer dizer liquidar, pagar um débito como, por exemplo, um empréstimo ou um financiamento.

Ao fazer alguma dessas operações, o cliente deve devolver para o banco ou para a instituição financeira o valor principal tomado, somado aos juros e outras despesas.

É por isso que cada parcela tem um valor de amortização, o que de fato diminui a dívida, e outra parte, de encargos gerais.

Inclusive, vale a pena conferir como funciona a amortização!

Como funciona a amortização?

A amortização funciona como o pagamento de um valor emprestado ou financiado em um determinado período.

De acordo com cada parcela paga, o saldo final do débito é reduzido e os juros são recalculados com base na nova quantia devida.

Importante lembrar como essas operações funcionam na prática! 👇

Ao fazer um empréstimo, financiamento ou contratar um consignado, por exemplo, o consumidor toma um dinheiro ou valor de uma instituição financeira, como os bancos.

Acontece que a pessoa deve devolver essa quantia emprestada com acréscimos, e os mais comuns são os juros, atualização monetária e despesas de operação.

Isso tudo entra nas parcelas, que têm 2 partes que compõem o valor final: a parte dos juros, que são a remuneração do banco pelo empréstimo ou financiamento, e a amortização.

Só o valor amortizado é que de fato reduz o saldo devedor final, e por isso ele é o coração do contrato, já que mostra quanto da parcela de fato abate a dívida.

O restante é pago em juros ou outras despesas.

Acontece que existem vários tipos de amortização na prática, e cada um deles têm consequências e características diferentes.

Vem descobrir!

Quais são os 3 tipos de amortização?

No Brasil, existem 3 principais tipos de amortização: o Price, o SAC e o SACRE

Cada um deles tem uma forma diferente de distribuir os juros e a quantia amortizada ao longo do tempo.

E, ao contratar um empréstimo ou fazer um financiamento, é natural querer conferir qual vai ser o tipo usado no seu contrato.

Isso porque essa determinação influencia de forma direta na taxa de juros e, em especial, no valor da parcela.

Por esse motivo, um dos maiores erros nos casos concretos é não ter a devida atenção ao sistema de amortização usado.

Para não cair nessa armadilha, é fundamental conferir os detalhes de cada um dos tipos, já que a maioria dos sistemas traz as prestações mensais com uma parte amortizada e outra de juros. 😉

Acontece que a proporção entre as 2 partes não é sempre a mesma.

Então, vem ver!

Tabela Price (Sistema Francês de Amortização)

O 1º tipo de amortização é a Tabela Price, também chamada de Sistema Francês, um dos mais usados na prática, em especial por bancos e instituições financeiras.

Aliás, em contratos bancários, de financiamentos e empréstimos de bens em geral (consumo ou produção), ele é quase sempre aplicado.

Para identificar que se trata do Price em situações do dia a dia, fica de olho em 3 caraterísticas principais: as parcelas são fixas, a amortização é crescente e os juros são decrescentes.

Isso significa que o mesmo valor é pago em cada parcela, mas, ao longo do tempo, os juros aplicados caem.

E, dessa forma, a amortização aumenta!

Então, no início você paga mais juros e menos dinheiro é amortizado, enquanto, no final, a parcela é mais composta de amortizações e menos de juros.

Só que a prestação fica sempre no mesmo valor, o que garante uma maior previsibilidade para os consumidores. 🤗

Não é à toa que ele é mais usado pelas instituições financeiras.

Mas é importante ver como ele pode ser usado em um caso concreto, com um exemplo de cálculo com a calculadora de financiamentos e empréstimos online grátis do CJ!

Exemplo de cálculo de Amortização da Tabela Price

Para você ver como é o cálculo da amortização, o mesmo caso vai ser usado como exemplo em todos os sistemas.

E, de início, você pode imaginar que o Sr. Celso financiou R$30.000,00 de capital em um prazo de 24 meses, a uma taxa de juros de 2% ao mês.

Com esses valores em mãos, é só preencher na calculadora de financiamentos e empréstimos do CJ e o resultado da simulação é esse aqui no Sistema Price:

Valor da Parcela Amortização Juros Saldo Devedor
1 R$ 1.586,13 R$ 986,13 R$ 600,00 R$ 29.013,86
2 R$ 1.586,13 R$ 1.005,85 R$ 580,27 R$ 28.008,01
3 R$ 1.586,13 R$ 1.025,97 R$ 560,16 R$ 26.982,03
4 R$ 1.586,13 R$ 1.046,49 R$ 539,64 R$ 25.935,54
5 R$ 1.586,13 R$ 1.067,42 R$ 518,71 R$ 24.868,12
6 R$ 1.586,13 R$ 1.088,77 R$ 497,36 R$ 23.779,35
7 R$ 1.586,13 R$ 1.110,54 R$ 475,58 R$ 22.668,80
8 R$ 1.586,13 R$ 1.132,75 R$ 453,37 R$ 21.536,05
9 R$ 1.586,13 R$ 1.155,41 R$ 430,72 R$ 20.380,63
10 R$ 1.586,13 R$ 1.178,52 R$ 407,61 R$ 19.202,11
11 R$ 1.586,13 R$ 1.202,09 R$ 384,04 R$ 18.000,02
12 R$ 1.586,13 R$ 1.226,13 R$ 360,00 R$ 16.773,89
Totais R$ 38.067,19 R$ 30.000,00 R$ 8.067,19

Assim, você descobre que os valores totais foram de R$38.067,19 de prestações, com R$30.000,00 de amortização e R$8.067,19 de juros.

Inclusive, dá para notar as características da Tabela Price, como as parcelas idênticas ao longo do tempo, os juros decrescentes e a amortização crescente.

Isso porque os juros são sempre calculados sobre o saldo devedor no início do período, assim:

  • 1ª parcela - os juros são calculados sobre o saldo devedor total financiado, ou seja, sobre R$30.000,00 (30.000,00 × 2%);
  • 2ª parcela - os juros são calculados sobre o saldo devedor do mês que passou, ou seja, sobre R$29.013,86 (29.013,86 × 2%);
  • 3ª parcela - os juros são calculados sobre o saldo devedor do mês que passou, ou seja, sobre R$28.008,01 (28.008,01 × 2%).

E a diferença entre o valor da parcela fixa, que é de R$1.586,13 e os juros é que resulta no valor da amortização em cada mês:

  • 1ª parcela - amortização de R$986,13 (R$1.586,13 − R$600,00);
  • 2ª parcela - amortização de R$1005,85 (R$1.586,13 − R$580,28);
  • 3ª parcela - amortização de R$1025,97 (R$1.586,13 − R$560,16).

Nesse método, o saldo devedor que é a base de cálculo do mês corrente é igual ao saldo devedor do período do mês que passou menos a amortização do respectivo período.

Agora, vem conferir como fica o método SAC! 😉

SAC (Sistema de Amortização Constante)

No método SAC (Sistema de Amortização Constante), a quantia amortizada mês a mês não muda ao longo do contrato.

Dessa maneira, os juros e o valor da parcela vão diminuir ao longo do tempo, já que o próprio saldo devedor final também é reduzido de acordo com o pagamento das prestações.

O sistema SAC, por esse motivo, é bastante usado em contratos de financiamento de imóveis para habitação.

Até porque, as suas principais características são as parcelas decrescentes no tempo, a amortização constante e os juros variáveis.

É por isso que no início dos pagamentos das prestações SAC, o valor é mais alto, até por conta dos juros, e isso cai ao longo do tempo.

Um exemplo ajuda a ver melhor como ele funciona! 😁

Exemplo de cálculo de amortização do SAC

No mesmo exemplo do Sr. Celso que foi usado para o Sistema Price, as prestações pelo método SAC ficam assim:

Valor da Parcela Amortização Juros Saldo Devedor
1 R$ 1.850,00 R$ 1.250,00 R$ 600,00 R$ 28.750,00
2 R$ 1.825,00 R$ 1.250,00 R$ 575,00 R$ 27.500,00
3 R$ 1.800,00 R$ 1.250,00 R$ 550,00 R$ 26.250,00
4 R$ 1.775,00 R$ 1.250,00 R$ 525,00 R$ 25.000,00
5 R$ 1.750,00 R$ 1.250,00 R$ 500,00 R$ 23.750,00
6 R$ 1.725,00 R$ 1.250,00 R$ 475,00 R$ 22.500,00
7 R$ 1.700,00 R$ 1.250,00 R$ 450,00 R$ 21.250,00
8 R$ 1.675,00 R$ 1.250,00 R$ 425,00 R$ 20.000,00
9 R$ 1.650,00 R$ 1.250,00 R$ 400,00 R$ 18.750,00
10 R$ 1.625,00 R$ 1.250,00 R$ 375,00 R$ 17.500,00
11 R$ 1.600,00 R$ 1.250,00 R$ 350,00 R$ 16.250,00
Totais R$ 37.500,00 R$ 30.000,00 R$ 7.500,00

É possível ver que a amortização não muda, já que é sempre de R$1.250,00, mas as parcelas diminuem de valor com o tempo, já que os juros também são reduzidos com o passar dos meses.

Até por isso, para descobrir o valor amortizado em cada prestação, é muito simples!

Você só precisa dividir o valor financiado, que no caso é de R$30.000,00, pelo número de parcelas, que é de 24, o que dá o total de R$1.250,00 por mês.

Os juros também são bastante fáceis, neste cenário, já que é só multiplicar a taxa aplicada pelo saldo devedor. 🤗

Olha como fica o cálculo das 3 primeiras parcelas:

  • 1ª parcela - a taxa de juros do contrato (2%) é multiplicada pelo saldo devedor da primeira parcela, ou seja, R$30.000,00 (30.000,00 × 2%);
  • 2ª parcela - a taxa de juros do contrato (2%) é multiplicada pelo saldo devedor da parcela antes do cálculo, ou seja, R$28.750,00 (28.750,00 × 2%);
  • 3ª parcela - a taxa de juros do contrato (2%) é multiplicada pelo saldo devedor da parcela antes do cálculo, ou seja, R$27.500,00 (27.500,00 × 2%).

Enquanto isso, o valor da parcela é bem simples, composto da soma da amortização e dos juros de cada mês:

  • 1ª parcela - amortização (R$1250,00) + Juros (R$600,00) = R$1850,00;
  • 2ª parcela - amortização (R$1250,00) + Juros (R$575,00) = R$1825,00;
  • 3ª parcela - amortização (R$1250,00) + Juros (R$550,00) = R$1800,00.

Além do SAC e do Price, ainda há outro sistema, o SACRE!

SACRE (Sistema de Amortização Crescente)

O Sistema de Amortização Crescente, ou SACRE, é um tipo de amortização que traz elementos tanto do SAC como do Price.

Ele faz isso para garantir que a dívida seja amortizada de uma forma mais efetiva ao longo do tempo, sem resultar em parcelas tão altas.

As características principais são o recálculo das parcelas a cada 12 meses, com aplicação de juros decrescentes e com uma amortização cada vez maior.

O grande trunfo do SACRE é amortizar os valores devidos com o reajuste das prestações a cada 12 meses.

Assim, os juros tendem a ser menores que em outros métodos e, inclusive, é normal o saldo devedor final ser negativo com esse sistema.

Olha só o exemplo!

Exemplo de cálculo de Amortização do SACRE

Com os dados do Sr. Celso inseridos na calculadora grátis do CJ, a simulação do financiamento com o método SACRE fica assim:

como funciona o sistema de amortização Sacre

Dá para notar que ocorreram mudanças a cada 12 meses no valor da parcela fixa, o que significa que a cada ano, o Sr. Celso pagou uma quantia diferente de prestação.

Só que isso é uma boa notícia! 🥳

Afinal, da 1ª até a 12ª prestação, ele pagou R$1.850,00, mas cada vez mais dinheiro foi amortizado do saldo devedor.

da 13ª até a 24ª, a despesa fixa caiu para R$1.367,61, com a amortização maior conforme o tempo passava.

Isso porque a cada período de 12 meses, o débito é recalculado, com parcelas iniciais mais altas e menores a cada ano.

O cálculo, neste caso, é assim:

  • juros = saldo devedor antes do cálculo × taxa de juros;
  • amortização = valor da parcela − juros;
  • saldo devedor = saldo devedor antes do cálculo − amortização do mês.

Dá para facilitar essa operação com 3 dicas simples e objetivas:

  • dica 1: ao final de 12 meses é necessário recalcular o valor da parcela. Para isso, sempre considere o saldo devedor da última parcela do período para o próximo recálculo;
  • dica 2: para calcular o número de parcelas, use o prazo máximo da dívida menos o número de períodos que faltam para amortizar;
  • dica 3: na última parcela, faça 2 reajustes para garantir que o saldo devedor não vai ficar positivo, e sim zerado: a) Substitua o valor da amortização pelo saldo devedor da penúltima parcela; b) Some a amortização e os juros no valor da parcela.

Olha como isso acontece no exemplo:

  • Saldo devedor na 12ª parcela: R$13.234,89;
  • Taxa de Juros do Contrato: 2%;
  • Parcelas Remanescentes: 12;
  • Valor da 13ª parcela: (R$13.234,89 ÷ 12) + (R$13.234,89 × 2%) = R$1.367,61.

É por esse motivo que o SACRE tem uma natureza híbrida, já que ele pega emprestado características do SAC para o cálculo e recálculo das parcelas.

Ao mesmo tempo, também há o uso da metodologia do Price no cálculo para manter as prestações mensais constantes no período de 12 meses.

A grande questão que fica é qual tipo de amortização é a mais vantajosa para o consumidor.

Vem descobrir!

Qual tipo de amortização é mais vantajosa?

Depende! O sistema de amortização mais vantajoso para cada caso vai depender de uma série de fatores, já que cada um tem pontos positivos e negativos na aplicação.

Mas dá para perceber algumas características relevantes na comparação entre os tipos, com base nos resultados encontrados nas simulações.

Entre os 3, o SAC e o SACRE acabam com menos juros a pagar se comparados ao Price.

Olha uma tabela comparativa com os valores do exemplo do Sr. Celso:

  Price SAC SACRE
Valor da Parcela Inicial R$ 1586,13 R$ 1850,00 R$ 1850,00
Valor da Parcela Final R$ 1586,13 R$ 1275,00 R$ 1367,61
Total da Amortização R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
Total de Juros R$ 8.067,12 R$ 7.500,00 R$ 7.243,71
Total das Parcelas Financiadas R$ 38.067,12 R$ 37.500,00 R$ 37.243,71

É possível notar algumas diferenças marcantes, mesmo em um financiamento de curto prazo e valor um pouco mais baixo.

Em contratos de longo prazo, isso tende a ser ainda maior.

Acontece que vale a pena anotar algumas características destacadas de cada tipo de amortização!

Price: parcelas fixas, mas valor final mais alto

No Sistema Price, as parcelas são sempre as mesmas, do início ao fim do contrato de financiamento ou empréstimo. 💰

Enquanto isso, os valores amortizados crescem de forma mais lenta, devagar, o que leva a um valor final total mais alto em termos globais.

Ou seja, o Price atrai pelas prestações fixas do início ao fim, além de um próprio valor inicial mais baixo de parcela do que o SAC ou SACRE.

Só que, ao longo do tempo, isso leva a um saldo pago pelo consumidor que é bem maior do que o emprestado ou financiado de início.

É por isso que os bancos e instituições financeiras costumam usar o Price nas operações.

Agora, vem ver como fica o SAC!

SAC: parcelas iniciais mais altas, mas valor final menor

No SAC, as parcelas no começo do pagamento têm um valor maior do que em comparação com o Price, mas, ao final, isso compensa com um saldo pago que é menor.

Nesse modelo, a amortização é constante e o que diminui são os juros, com a prestação mais baixa conforme o tempo passa. 🗓️

Então, mesmo com parcelas maiores no início, o valor dos juros é mais baixo no final das contas.

Inclusive, dá para notar que a diferença entre os juros no Price (R$8.067,12) e no SAC (R$7.500,00) é considerável mesmo em um contrato mais curto, e aumenta no longo prazo.

O SACRE tem uma caraterística ainda mais positiva quanto a esse fator.

Olha só!

SACRE: o que menos cobra juros!

Entre todos os sistemas, o SACRE é o que menos cobra juros do consumidor na quantia final da operação. 🤩

Mesmo com oscilações no valor da prestação, que começa um pouco mais alta do que a Price e termina maior que a SAC, as despesas com juros de fato são menores no fim das contas.

Aliás, o SACRE ocupa o 1º lugar nesse caso, com o SAC em 2º e o Price em último, já que é o que mais tem juros.

Com tudo isso, você pode verificar qual é o mais vantajoso para o seu cliente, de acordo com as características de cada sistema, seus pontos fortes e os não tão interessantes.

Aliás, vale a pena, inclusive, dar uma relembrada nas vantagens e desvantagens de acelerar os pagamentos de amortização!

Quais são as vantagens e desvantagens de acelerar os pagamentos de amortização?

Conhecer as vantagens e desvantagens dos sistemas de amortização é interessante e um diferencial para a sua atuação.

Com essa informação nas mãos, você pode orientar o cliente a antecipar parcelas ou amortizar valores com uma estratégia para diminuir o valor final da dívida e os juros cobrados.

Só que antes de tomar a decisão, é importante verificar qual o impacto financeiro de cada tipo de amortização no contrato do consumidor.

Afinal, cada sistema tem pontos positivos e negativos!

Em alguns casos, amortizar pode ser excelente, em outros, não é tão vantajoso por conta da descapitalização.

Tudo depende das características do seu cliente, do tipo de contrato e dos valores envolvidos.

Então, vem conferir! 👇

Qual é a vantagem da amortização?

Existem algumas vantagens relevantes em amortizar os valores do contrato de empréstimo ou financiamento, em especial:

  • redução significativa dos juros totais pagos: ao abater parte do saldo devedor, os juros futuros passam a ser calculados sobre um valor menor, o que diminui essa despesa no montante final a ser pago;
  • diminuição do prazo do contrato: o cliente pode quitar o financiamento antes do previsto, para economizar nos gastos com juros e encargos, além de liberar espaço no orçamento;
  • liberação mais rápida do bem financiado: em contratos de veículos e imóveis, isso significa reduzir o tempo de alienação e recuperar a posse plena do bem, o que permite exercer todos os direitos sobre ele;
  • melhor pontuação de crédito (score): manter um histórico de pagamentos antecipados mostra capacidade de planejamento financeiro, o que melhora a relação com instituições financeiras e melhora o score, o que ajuda até em outros financiamentos ou empréstimos;
  • economia a longo prazo: mesmo pequenas amortizações extras podem representar milhares de reais economizados no final dos pagamentos, em especial nos contratos mais longos, de décadas.

São muitos aspectos positivos que fazem com que a amortização seja uma saída interessante para a quitação de débitos.

Só que também há pontos negativos que precisam de atenção na hora de orientar os clientes! ⚠️

Qual é a desvantagem da amortização?

Em alguns cenários, existem sérias desvantagens na amortização das quantias devidas em contratos.

As mais comuns e destacadas são essas aqui:

  • perda de liquidez financeira e de capital: usar toda a reserva financeira para amortizar a dívida pode deixar o cliente sem margem para emergências ou investimentos de maior retorno no futuro;
  • multas contratuais ou custos administrativos: em alguns contratos, os bancos cobram tarifas de amortização antecipada ou exigem aviso prévio antes de amortizar, o que faz a alternativa não ser tão interessante;
  • impacto tributário em determinados casos: nos financiamentos empresariais, a amortização pode alterar o planejamento fiscal e contábil da empresa, já que causa impactos nas entradas e saídas, além do próprio faturamento;
  • menor aproveitamento de investimentos rentáveis: se o dinheiro disponível para a amortização rende mais do que o custo do financiamento em si, amortizar pode não ser o melhor uso do capital;
  • possível erro de cálculo na escolha da modalidade: por mais que pareça uma vantagem constante, nem sempre é melhor reduzir o prazo de pagamento, já que às vezes, é mais vantajoso diminuir o valor das parcelas de outras formas, conforme o objetivo do cliente.

Uma dica fundamental é analisar todo o saldo devedor atualizado no momento da decisão por amortizar ou não.

Fazer isso antes de orientar o cliente permite considerar, na situação em concreto, de forma correta e embasada, fatores como:

  • o valor ainda devido;
  • os juros aplicados;
  • o sistema de amortização usado;
  • as condições para antecipação de parcelas;
  • o retorno financeiro na amortização.

Assim, você pode mostrar para o cliente quando de fato fazer a amortização e quando isso não é recomendado!

Quando fazer uma amortização?

Não existe um momento único para fazer uma amortização, já que a hora certa vai depender de uma série de fatores, como, por exemplo:

  • a situação financeira do cliente;
  • o tipo de contrato;
  • o sistema de amortização usado;
  • os valores envolvidos;
  • as taxas de juros aplicadas;
  • as condições de antecipação.

O mais comum é que a amortização seja mais interessante nos momentos iniciais do pagamento de uma quantia emprestada ou financiada. 🗓️

Ou seja, em regra, quanto antes o valor for amortizado, maior é o impacto nos juros e no saldo devedor final.

Dá para fazer uma lista das principais situações e momentos em que é indicado fazer a amortização:

  • nos primeiros meses ou anos do financiamento: o começo das prestações é o momento em que os juros têm maior peso no valor das parcelas, por isso, amortizar cedo reduz o custo total do contrato;
  • quando há sobra de caixa ou recebimento de valores extraordinários e inesperados: quando o cliente recebe bonificações, heranças, tem lucro considerável ou o pagamento do 13º salário, as quantias podem ser usadas para abater a dívida sem comprometer o orçamento mensal;
  • renegociação ou revisão bancária: se o saldo devedor total for ajustado, amortizar parte do novo valor devido ajuda a acelerar a quitação e evitar novo acúmulo de juros para o próximo período;
  • quando o contrato permite amortização sem multa: verifique qual é a cláusula contratual, já que nem todos os bancos e instituições financeiras cobram taxas para amortizar quantias, mas é essencial confirmar antes de antecipar o pagamento;
  • em períodos de queda nas taxas de juros: amortizar quando o mercado está em baixa e as taxas de juros são menores pode ser mais vantajoso do que aplicar o dinheiro em investimentos de rendimento menor com o capital investido de forma engessada;
  • antes de uma possível inadimplência ou problemas financeiros: se o cliente antecipa que vai passar por dificuldades financeiras, amortizar parte da dívida reduz o saldo devedor e evita a cobrança de juros de mora no futuro.

É válido acompanhar o pagamento das parcelas e pedir o extrato atualizado do contrato, para conferir o saldo devedor e a evolução da dívida.

Assim, você pode comprar a redução do prazo de pagamento e do valor da parcela, para escolher a melhor estratégia.

Aliás, isso pode envolver amortizar por mês ou ano!

É melhor amortizar todo mês ou por ano?

O mais comum é que a amortização mensal traga mais economia de valores no fim do contrato do que a anual. 😉

Isso porque, ao amortizar quantias todos os meses, o saldo devedor é reduzido com mais frequência e os juros caem de forma significativa.

Afinal, eles passam a incidir sobre montantes cada vez menores.

Acontece que se o aporte de amortização anual for considerável, esse caminho pode ser o mais vantajoso.

Então, tudo depende da situação e do cliente, inclusive a decisão de amortizar ou antecipar parcelas!

É melhor amortizar ou antecipar parcelas?

Antes de mais nada, enquanto amortizar é reduzir o saldo devedor final, a antecipação de parcelas é pagar de forma antecipada as prestações que ainda iriam vencer no curso do contrato.

A diferença é que, na amortização, os juros e o saldo devedor caem, enquanto ao antecipar uma parcela, o montante devido é mantido.

Uma simplificação pode ser: quem deseja economizar juros deve amortizar e quem quer encerrar o contrato mais cedo deve fazer a antecipação.

Só que a mais interessante vai depender do caso concreto.

Costuma ser melhor amortizar quando:

  • o contrato é mais longo;
  • a taxa de juros é mais alta;
  • o cliente quer reduzir o custo final da operação;
  • há saldo devedor atualizado;
  • não há multa por amortização;
  • o cliente quer manter o financiamento, com parcelas menores.

Já a antecipação é mais indicada em casos de:

  • contratos mais curtos;
  • parcelas fixas (como no método Price);
  • o cliente quer encerrar o contrato antes;
  • as cláusulas não admitem a amortização sem multa;
  • a redução do prazo de pagamento é mais importante do que o valor das parcelas.

O ideal é simular os 2 cenários no mesmo caso, com ferramentas grátis ou o software completo de cálculos bancários do CJ. 🤗

Assim, você consegue descobrir a melhor saída para o seu cliente, inclusive quanto ao valor da entrada.

Vem ver!

É melhor dar entrada ou amortizar?

Depende!

Uma entrada maior em um financiamento ou para reduzir o valor de um empréstimo tem um impacto direto nos juros (que ficam menores) e no total financiado.

Enquanto isso, a amortização reduz o saldo devedor já contratado e, como consequência, também baixa os juros depois do início dos pagamentos.

O melhor é dar uma entrada em valor mais alto antes de assinar o contrato, já que isso diminui a quantia emprestada ou financiada e leva a pagar menos juros no fim das contas.

Por outro lado, quando não for possível essa atitude, amortizar é uma saída interessante para os clientes.

Durante a execução do contrato, a amortização pode diminuir bastante o saldo devedor e a aplicação de juros.

Aliás, existe um ponto que precisa ser analisado em diversas situações que envolvem essas operações financeiras: o recálculo! ⚠️

Como resolver o recálculo?

Para resolver o recálculo das amortizações, é necessário usar um método específico, que envolve a aplicação do MEJS ou MAJS.

Alguns ainda usam o Método Gauss, só que existem algumas ressalvas quanto ao uso dele, o que faz esse caminho não ser recomendado.

E vale a pena dominar o recálculo, já que todos os tipos de amortização, Price, SAC e SACRE tem juros capitalizados, ou juros sobre juros.

Dessa forma, se o sistema para amortizar os valores financiados for puro, sem variáveis no saldo devedor, a quantia final tem que ser igual a zero.

Isso acontece com o SAC, SACRE e Price!

Então, é preciso analisar isso para verificar se pode ser ajuizada uma ação de revisão do contrato. ⚖️

Afinal, pode ser que, no momento da contratação, não tenha sido informado para o cliente a presença dos juros sobre juros.

Se a capitalização não estiver expressa, é possível adotar 2 caminhos distintos: o método Gauss e o de Equivalência a Juros Simples (MEJS) ou Amortização a Juros Simples (MAJS).

Vem conferir detalhes sobre eles!

Método Gauss: não é só por que muita gente usa que ele está certo!

O método Gauss usa um valor de ponderação fixo e faz a devolução de juros com essa base de cálculo.

Por exemplo, nessa forma de calcular, se os juros são de 2% ao mês, eles devem ser devolvidos também a uma taxa de 2% no mesmo período.

O problema é que o método Gauss não faz isso, já que usa um fator fixo de ponderação e não leva em conta as variáveis.

Inclusive, muitos na advocacia e até peritos usaram e usam esse sistema como solução para os tipos de amortização dos contratos bancários.

Mas isso é um equívoco que não poderia acontecer! ❌

Isso porque o Gauss não afasta a capitalização dos juros, além de:

  • não ser um sistema de amortização;
  • não remunerar o capital emprestado de forma correta;
  • não considerar a evolução mês a mês;
  • chegar a resultados equivocados.

Inclusive, os Tribunais já decidiram que o método Gauss deixa a desejar em consistência e não pode ser usado nos juros simples.

Para isso, deve ser usado o MEJS ou MAJS!

MEJS ou MAJS: A verdadeira solução do recálculo a juros simples!

O Método de Equivalência a Juros Simples (MEJS), também chamado de Método de Amortização a Juros Simples (MAJS) é o mais indicado para o recálculo dos contratos.

O motivo?

Com o MEJS ou MAJS, você faz o cálculo de forma que a amortização e a parcela vão sofrer a incidência de juros sobre juros, da forma correta.

Assim, é possível saldar a dívida com a devolução dos valores com base na exata taxa contratada, e não pela aplicada pelos bancos.

Não há um fundamento jurídico para isso como uma lei, norma ou decisão jurisprudencial.

E nem precisa!

Afinal, ao comprovar como o MEJS ou MAJS que existe uma capitalização de juros não contratada e nem expressa nas cláusulas, a substituição por um cálculo de juros simples é uma questão matemática e não de tese jurídica. 🤓

Não se esqueça que no Price, SAC e SACRE há juros compostos e capitalizados.

Então, não adianta querer substituir esses métodos de amortização entre si, deve ser aplicado o cálculo com juros simples.

O recálculo pode também ser feito em casos de:

  • análise dos juros pactuados, assim como sua efetiva aplicação no contrato;
  • apuração da comissão de permanência com incidência simples;
  • exclusão de tarifas indevidas;
  • apuração de valores pagos a maior e o seu recálculo;
  • recálculo das parcelas em atraso, sem juros acumulados.

Ou seja, é muito importante dominar essa etapa para atender da melhor forma possível os clientes da área bancária!

Conclusão

Na advocacia, saber os detalhes, vantagens e desvantagens dos sistemas de amortização de contratos bancários é essencial.

Com isso, você pode atender melhor clientes e analisar contratos de financiamento, empréstimos ou outras operações bancárias com excelência, para descobrir eventuais abusos.

E, assim, ajuizar as ações revisionais cabíveis para defender os interesses dos consumidores.

Acontece que muitos que advogam não dominam tanto o caminho e as fórmulas para descobrir as armadilhas na amortização.

Só que isso não vai acontecer com você depois de tudo o que viu no post de hoje aqui no blog do CJ.

Além de conferir tudo sobre a amortização e os sistemas, você ainda viu como fica o cálculo com a calculadora grátis e a importância do recálculo.

Assim, sua rotina fica mais produtiva, eficiente e suas análises ficam muito mais rápidas. 😎

E para ganhar ainda mais agilidade na sua advocacia, conte com o software que faz todos os cálculos bancários para você, da prospecção à liquidação!

Até a próxima!

Perguntas frequentes sobre sistemas de amortização

Dá uma conferida nas respostas para as perguntas mais frequentes sobre os sistemas de amortização em financiamentos, empréstimos ou consignados bancários!

Qual o melhor dia para amortizar?

O melhor dia para fazer a amortização é o dia logo depois do pagamento da parcela, já que o saldo devedor ainda não acumulou novos juros e o desconto é maior em relação ao montante que ainda falta quitar. Assim, dá para amortizar de forma mais eficiente, com uma quantia maior a ser abatida.

Tem como amortizar compra parcelada?

Sim, é possível amortizar compras parceladas, desde que o contrato preveja e permita a antecipação das parcelas. É só solicitar para o credor o cálculo ou a apresentação do saldo devedor atualizado com a indicação do abatimento proporcional dos juros, como acontece em cartões de crédito.

Banco é obrigado a amortizar?

Sim! Conforme as normas do Banco Central e a Lei nº 8.692/1993, o consumidor pode solicitar a amortização total ou parcial do débito em aberto, já que bancos e instituições financeiras devem conceder essa opção, de forma obrigatória.

Qual o melhor tipo de amortização para um financiamento?

Depende do perfil do cliente, do tipo de financiamento e dos valores envolvidos, além da própria realidade financeira. O Price é melhor para quem quer parcelas fixas, mas tem mais juros, o SAC reduz o custo final total, com parcelas decrescentes, mas começa com valores mais altos e o SACRE é indicado para contratos longos, com juros menores.

Quando amortiza paga juros?

Sim, mas menos do que quando não há a amortização. Isso porque só vão ser cobrados os juros proporcionais ao período de antes do pagamento amortizado, já que depois o saldo devedor e os juros tendem a diminuir e reduzir o valor final do contrato, inclusive em relação ao ágio.

Quanto tenho de desconto se pagar a última parcela do financiamento?

Depende! O desconto no pagamento da última parcela do financiamento depende do valor e do tempo que ainda falta até o vencimento dessa prestação. Mas, mesmo assim, sempre há um desconto equivalente aos juros ainda não quitados ou cobrados, o que reduz o custo total da operação e diminui a parcela final.

Por que quando amortizo aumenta o valor da parcela?

Isso só acontece quando há um contrato com previsão de redução do prazo e não da diminuição do valor da parcela. Então, quando há a amortização, o banco recalcula o número de parcelas, e pode aumentar o valor delas, além de outros fatores como o uso de certos índices de reajustamento ou correção monetária.

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